No outro dia perguntaram-me se se podia colocar o bebé virado para a frente e eu disse que não, mas sem me lembrar exactamente quais eram as razões. Pois, fui a um workshop da Zélia Évora, do Clube do Pano em Janeiro de 2005 e já la vão alguns anos...
Enfim, hoje encontrei as razões de não colocar o bebé para frente:
"NUNCA se deve transportar um bebé num pano virado para a frente com as pernas pendidas. Os bebés devem ser transportados virados para a frente se tiverem as pernas colocadas em forma de buda.
Bebés transportados virados para a frente com pernas pendidas podem ter os seguintes problemas:
-Problemas genitais no caso dos meninos, podendo inclusivé causar infertilidade em idade adulta
-Má circulação
-Escoliose GRAVE.
Um bebé não tem força muscular para suportar estar apoiado na bacia nesta posição."
In http://clubedopano.blogspot.com/2009/02/carregar-um-bebe-num-pano-ou-sling-e.html
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Arranca campanha «Pelo Direito ao Parto Normal»
Nos próximos meses, a opinião pública portuguesa vai tomar contacto com uma iniciativa que tem por objectivo incrementar o número de partos normais em Portugal. O projecto «Pelo Direito ao Parto Normal – Uma visão partilhada», foi hoje apresentado por Lúcia Leite, enfermeira de saúde materna e obstétrica e vice-presidente da HumPar, no segundo dia de trabalhos do congresso «Humanização do Nascimento», que amanhã termina no Porto.
Com ela, Lúcia Leite tem a companhia de quatro outros enfermeiros – três de saúde materna e um de saúde mental – que se propõem transformar o modo como o parto normal é entendido e aplicado na realidade portuguesa. A começar por um esforço de conciliação que pretende reunir à mesma mesa representantes governamentais, das várias ordens de profissionais de saúde, com o objectivo de «acordar naquilo que entendemos por parto normal».
«Acredito que, mais do que acordarmos no que é um parto normal, na primeira fase será um sucesso se formos por eliminação», afirma a também vice-presidente da HumPar, que, entre 2004 e 2007 liderou a Comissão de Especialidade em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica da Ordem dos Enfermeiros. Na mira desta eliminação estão procedimentos, técnicos e práticas como a episiotomia generalizada ou as cesarianas sem específica necessidade médica urgente «e muitos outros aspectos para os quais necessitamos da visão de todos os agentes que intervêm na gravidez, parto e pós-parto».
O primeiro passo foi dado no final de 2008. A ministra da Saúde mandatou três especialistas da Direcção-Geral de Saúde para representarem a tutela nas futuras reuniões que sentarão à mesma mesa médicos, enfermeiros, responsáveis técnicos e políticos na procura de «um consenso nacional sobre o que é o parto normal». Todas as instituições desafiadas a participar nomearam já representantes e o ano de 2009 será dedicado a elaborar uma carta do parto natural, a apresentar no universo dos cuidados de saúde, mas também junto da opinião pública. «Em Janeiro de 2010 está previsto que a proposta final seja apresentada» tanto a nível oficial como através de uma campanha de comunicação generalizada, «que coloque a expressão ‘parto normal’ na boca de toda a gente.»
A chancela governamental anima os autores do projecto, os quais acreditam que «o envolvimento do ministério da Saúde dá credibilidade ao processo, facilita a adesão de todos os parceiros e abre caminho a uma futura aplicação no terreno, nomeadamente junto das instituições públicas de Saúde.» Ao «trabalharmos no ‘coração do leão’, a nossa esperança é que na recta final seja o poder público a criar as condições para que os partos normais regressem em força, solicitando às instituições que criem as condições técnicas e operacionais necessárias a que isso aconteça.»
Os próximos meses não se adivinham, porém, fáceis, «pela quantidade de visões que será necessário aproximar». No entanto, Lúcia Leite acredita que o pior virá depois e centra-se na «revolução de mentalidades» que, em primeiro plano, «será necessária junto dos profissionais de saúde» e em segundo plano «junto da população em geral». Nada, acredita, «se consegue atingir se entrarmos numa guerra com quem actua no terreno. Se insistirmos cegamente perdemos todos nós, inclusivamente as mulheres e os bebés, os destinatários finais do parto normal», conclui.
Texto: Elsa Páscoa13 Fevereiro 2009 revista Pais & Filhos
Com ela, Lúcia Leite tem a companhia de quatro outros enfermeiros – três de saúde materna e um de saúde mental – que se propõem transformar o modo como o parto normal é entendido e aplicado na realidade portuguesa. A começar por um esforço de conciliação que pretende reunir à mesma mesa representantes governamentais, das várias ordens de profissionais de saúde, com o objectivo de «acordar naquilo que entendemos por parto normal».
«Acredito que, mais do que acordarmos no que é um parto normal, na primeira fase será um sucesso se formos por eliminação», afirma a também vice-presidente da HumPar, que, entre 2004 e 2007 liderou a Comissão de Especialidade em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica da Ordem dos Enfermeiros. Na mira desta eliminação estão procedimentos, técnicos e práticas como a episiotomia generalizada ou as cesarianas sem específica necessidade médica urgente «e muitos outros aspectos para os quais necessitamos da visão de todos os agentes que intervêm na gravidez, parto e pós-parto».
O primeiro passo foi dado no final de 2008. A ministra da Saúde mandatou três especialistas da Direcção-Geral de Saúde para representarem a tutela nas futuras reuniões que sentarão à mesma mesa médicos, enfermeiros, responsáveis técnicos e políticos na procura de «um consenso nacional sobre o que é o parto normal». Todas as instituições desafiadas a participar nomearam já representantes e o ano de 2009 será dedicado a elaborar uma carta do parto natural, a apresentar no universo dos cuidados de saúde, mas também junto da opinião pública. «Em Janeiro de 2010 está previsto que a proposta final seja apresentada» tanto a nível oficial como através de uma campanha de comunicação generalizada, «que coloque a expressão ‘parto normal’ na boca de toda a gente.»
A chancela governamental anima os autores do projecto, os quais acreditam que «o envolvimento do ministério da Saúde dá credibilidade ao processo, facilita a adesão de todos os parceiros e abre caminho a uma futura aplicação no terreno, nomeadamente junto das instituições públicas de Saúde.» Ao «trabalharmos no ‘coração do leão’, a nossa esperança é que na recta final seja o poder público a criar as condições para que os partos normais regressem em força, solicitando às instituições que criem as condições técnicas e operacionais necessárias a que isso aconteça.»
Os próximos meses não se adivinham, porém, fáceis, «pela quantidade de visões que será necessário aproximar». No entanto, Lúcia Leite acredita que o pior virá depois e centra-se na «revolução de mentalidades» que, em primeiro plano, «será necessária junto dos profissionais de saúde» e em segundo plano «junto da população em geral». Nada, acredita, «se consegue atingir se entrarmos numa guerra com quem actua no terreno. Se insistirmos cegamente perdemos todos nós, inclusivamente as mulheres e os bebés, os destinatários finais do parto normal», conclui.
Texto: Elsa Páscoa13 Fevereiro 2009 revista Pais & Filhos
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
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