Amamentação na SIC no Fátima com a Fátima Lopes.
Toda a informação necessária para o sucesso da amamentação!
Vejam e poderam aprender dicas muito úteis sobre o tema.
http://video.google.com/videoplay?docid=844077141619803690&hl=en
segunda-feira, 16 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
Parto em casa na revista Gingko
Quando engravidou pela segunda vez, aos 39 anos, a fotógrafa e designer Susana Rapazote tinha uma certeza: não ia dar à luz Sofia, hoje com nove meses, num hospital perfumado a éter com médicos e enfermeiras desconhecidos a entrar e sair de uma sala de partos hiper-iluminada, congestionada e ruidosa. Também recusava a ideia de receber oxitocina, hormona utilizada para acelerar as contracções uterinas, e, muito menos, a epidural, anestesia induzida através de um cateter em membranas que rodeiam o tubo neural onde se encontra a espinal medula. Queria experienciar a maternidade no auge da sua lucidez, e acreditava não só nas suas capacidades psicológicas, mas também físicas para o fazer.
Diogo, o primeiro filho, nascera de cesariana, que, acredita, não ter era de todo necessária. "Deixaram-me estar em trabalho de parto cerca de 30 horas, o que já foi excepcional, mas como as águas rebentaram e havia indícios de que se podia desenvolver uma infecção, já nada pude fazer. Isto apesar de ainda sentir força e energia para aguentar as contracções,". Ainda assim, reconhece, a equipa foi extraordinariamente humana e deixou-a ver o bebé de imediato, o que nem sempre acontece. Um detalhe: a médica que a assistiu era defensora acérrima do parto natural. A recuperação física foi excelente, mas psicologicamente Susana não reagiu bem. "Reconheço a importância das cesarianas, mas sabia que o meu corpo conseguia parir. Apesar de o bebé ser grande, também eu sou larga. E, de qualquer modo, não acredito na incompatibilidade feto-pélvica".
Glória Charrua, parteira profissional há mais de 40 anos, que abandonou os hospitais civis e clínicas privadas por considerar os processos nas salas de parto excessivamente mecânicos, confirma: "Já fiz nascer bebés com mais 4 quilos e sem qualquer tipo de laceração para a mulher. Leva mais tempo, é verdade. E o problema é que os médicos são formados para tratar, não para esperar. E eu acredito que cada mulher e cada criança têm a sua hora". Desta vez mais providente, Susana não hesitou: teria a filha em casa. "Gostava que em Portugal, tal como em Inglaterra, houvesse casas de parto, onde as mulheres encontrassem todas as condições médico-sanitárias para darem à luz com privacidade, na companhia das pessoas que lhes são importantes, na posição que lhes é mais confortável, e sem recurso a intervenções forçadas". Na impossibilidade de recorrer a este serviço, optou por transformar a cozinha - para si símbolo da união familiar - na sua sala de partos privada. Isto depois de convencer o marido, de início receoso, mas que, depois de pesar os prós e os contras, a apoiou a cem por cento.
Esta decisão pode ser olhada com desdém por muita gente, mas a Organização Mundial de Saúde considera ser seguro, no caso de uma gestante de baixo risco, fazer o parto em casa, desde que disponha de assistência viável e segura. Por não se tratar de uma intervenção cirúrgica não implica um ambiente esterilizado mas sim higiénico. E o risco de infecção chega mesmo a ser inferior ao dos hospitais, onde proliferam germes a que a mulher não está habituada. Optar pelo parto domiciliário não é, porém, sinónimo de desprezo pela medicina convencional. Ao longo da gravidez Susana fez os exames recomendados pela médica obstetra, e criou um processo no hospital da sua zona de residência para salvaguardar a bebé e a ela própria, caso algo não corresse como suposto. Mas Sofia nasceu saudável nos seus quatro robustos quilos após 16 horas de trabalho de parto. Este foi aliviado por longos banhos de água morna, e por massagens na zona lombar realizadas pela mãe e pelo marido.
Apesar de ter sido obrigada a recorrer aos serviços do hospital para ser suturada - e onde não foi particularmente bem acolhida -, Susana não hesita em afirmar: "Com as devidas condições de confiança e intimidade, asseguro que estas não são as mais insuportáveis dores do mundo". Glória Charrua confirma: "A dor não é tão intensa quanto fazem crer. A maioria das minhas parturientes não grita, algumas até dormitam entre as contracções. Além de que a passagem dos bebés pelo canal vaginal faz com que a mãe esqueça de seguida, quase por milagre, o sofrimento anterior". Susana tinha outro ponto a favor: a presença tranquilizadora de Ângela, a sua "doula" - nome que se dá à mulher que acompanha a grávida, preferencialmente ao longo de dois ou três meses, fornecendo informações práticas ou de ordem científica. Está sempre presente para transmitir confiança, favorecendo o desenrolar do parto fisiológico. Não exerce actos médicos, mas é muitas vezes comparada a uma epidural natural.
A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA
Antónia Soares, professora de ioga, também optou pelo parto domiciliário. Só aos seis meses de gestação assumiu a decisão. Até lá o instinto que a compelia a dar à luz em casa era contrariado pela sua formação científica (é formada em Biologia). Partiu, então, para a pesquisa bibliográfica. Deparou-se, provavelmente, com estudos como os de Katherine Hartmann, investigadora na Universidade da Carolina do Norte, reveladores de que nos EUA, todos os anos, cerca de 1 milhão de mulheres são submetidas desnecessariamente a episiotomias (corte vaginal feito para que o bebé possa nascer mais rapidamente). A prática é desaconselhada pela Organização Mundial de Saúde, mas realizada regularmente também nos hospitais portugueses. É provável que Antónia tenha igualmente passado os olhos pelo estudo feito a cerca de 5.000 partos acompanhados por parteiras formadas nos EUA e Canadá e que demonstrou que os partos domiciliares, quando comparados aos hospitalares, tiveram menor taxa de intervenções médicas e a mesma segurança que estas em relação à mortalidade materna e neonatal - publicado, em 2005, pelo British Medical Journal.
Antónia Soares, professora de ioga, também optou pelo parto domiciliário. Só aos seis meses de gestação assumiu a decisão. Até lá o instinto que a compelia a dar à luz em casa era contrariado pela sua formação científica (é formada em Biologia). Partiu, então, para a pesquisa bibliográfica. Deparou-se, provavelmente, com estudos como os de Katherine Hartmann, investigadora na Universidade da Carolina do Norte, reveladores de que nos EUA, todos os anos, cerca de 1 milhão de mulheres são submetidas desnecessariamente a episiotomias (corte vaginal feito para que o bebé possa nascer mais rapidamente). A prática é desaconselhada pela Organização Mundial de Saúde, mas realizada regularmente também nos hospitais portugueses. É provável que Antónia tenha igualmente passado os olhos pelo estudo feito a cerca de 5.000 partos acompanhados por parteiras formadas nos EUA e Canadá e que demonstrou que os partos domiciliares, quando comparados aos hospitalares, tiveram menor taxa de intervenções médicas e a mesma segurança que estas em relação à mortalidade materna e neonatal - publicado, em 2005, pelo British Medical Journal.
Surpreendente? Para a doula Catarina Pardal, formada em Educação Física e professora de pilates para grávidas, nem por isso. "As mulheres têm capacidade inata para ter filhos. Só precisam de acreditar, sentir-se apoiadas e, claro, não serem medicadas", afirma. "Ao receberem oxitocina, por exemplo, as contracções tornam-se tão fortes que, se perdem o controlo, as parturientes pedem a epidural, mesmo que não a desejassem previamente. Neste caso, é natural que qualquer mãe perca os seus instintos, o que leva ao aumento de partos instrumentalizados e cesarianas".
Tudo o que Antónia queria evitar. Desde o início da gravidez que se portou "como uma verdadeira samurai", conta. Além dos exames médicos rotineiros, seguiu um plano alimentar macrobiótico - com direito a alguns deslizes - e montou uma prática de ioga. O objectivo: mobilizar a articulação coxo-femural, revitalizar o organismo, relaxar e criar espaço na zona abdominal, através de posições invertidas - um mimo extra para a pequena Ema, hoje uma bebé de 18 meses saudável, irrequieta e sorridente. Considera-se privilegiada: "Ao contrário da maioria das mulheres tive tempo para preparar a chegada da minha primeira filha em casa. É um processo moroso que requer alguma logística e até meios financeiros. Não basta querer, é preciso poder".
Resultado: aos 36 anos foi abençoada com um parto intenso, mas com apenas quatro horas de duração. Contou com a ajuda do companheiro e de Catarina, a sua doula. "Companhia indispensável ao longo de meses, porque a minha mãe e irmãs vivem no Porto e eu em Lisboa". Quando chegou, a parteira já só aparou a bebé. Quanto a Antónia, não teve de levar qualquer ponto - ajudou o facto de a bebé pesar apenas 2,7 quilos - e, passada uma semana, fazia a sua vida normal. "Senti-me em sintonia com a Ema e a natureza; fizemos um excelente trabalho juntas", recorda. "Não vou dizer que se tratou de um parto sem dor, mas foi maravilhoso".
O PARTO É UM ACTO NATURAL
Apesar dos benefícios enunciados, o parto domiciliário não é indicado para todas as mulheres. Glória Charrua, por exemplo, não aceita parturientes com problemas ginecológicos, cardíacos graves ou hematológicos. Neste último caso, devido ao alto risco de se desenvolverem hemorragias. De resto, mesmo quando o bebé teima em não dar a volta, sabe que existem soluções menos ortodoxas, tais como a acupunctura. Aprendeu esse mundo de novas possibilidades com as suas pacientes, na sua maioria ligadas às medicinas alternativas. Também não se assusta com circulares (quando o cordão umbilical se enrola no pescoço do bebé). A experiência ensinou-lhe que no período expulsivo é possível contornar a situação.
Apesar dos benefícios enunciados, o parto domiciliário não é indicado para todas as mulheres. Glória Charrua, por exemplo, não aceita parturientes com problemas ginecológicos, cardíacos graves ou hematológicos. Neste último caso, devido ao alto risco de se desenvolverem hemorragias. De resto, mesmo quando o bebé teima em não dar a volta, sabe que existem soluções menos ortodoxas, tais como a acupunctura. Aprendeu esse mundo de novas possibilidades com as suas pacientes, na sua maioria ligadas às medicinas alternativas. Também não se assusta com circulares (quando o cordão umbilical se enrola no pescoço do bebé). A experiência ensinou-lhe que no período expulsivo é possível contornar a situação.
e já foi obrigada a levar alguma mulher para o hospital? Sim, mas em situações de excepção. "Se as águas rebentam e passam mais de 12 horas sem que o trabalho de parto se desenvolva, não arrisco", diz. "Vou monitorizando o foco do bebé e consigo perceber se entra ou não em sofrimento, mas prefiro seguir as indicações médicas". O único caso fatal no seu longo historial de parteira aconteceu quando uma parturiente não lhe comunicou uma doença ginecológica de que padecia. Ainda hoje a voz de Glória treme quando recorda o incidente.
A voz treme, mas não lhe abala a confiança. A mesma que deixou Rita Rodrigues tranquila quando, grávida e recém-chegada das Ilhas Canárias, procurava desesperadamente alguém que a ajudasse a fugir dos hospitais, onde sabia que nunca receberia a atenção que, como terapeuta de Florais de Bach (método natural de cura ou de restabelecimento de equilíbrio e de harmoniaatravés de essências de flores), faz questão de oferecer aos seus pacientes. "A D. Glória conhece o corpo da mulher como ninguém", conta Rita. "E, tal como eu, acredita que a lógica actual dos hospitais é a do controle e da emergência, enquanto que em casa é a da segurança, não há lugar para o medo".
O parto de Rita ocorreu depois das 40 semanas recomendadas pelos médicos. "Se não fosse em casa provavelmente teria sido induzido", comenta. E teria resultado em cesariana porque levou mais do que um dia a terminar, após as primeiras contracções. Tempo suficiente para tomar banhos mornos, ouvir música baixinho, caminhar um pouco, e dormitar entre as contracções - ora sentada, ora recostada. Até que estas se tornassem violentas. "É muito importante saber que há tempo para descansar entre uma e outra contracção - a maioria das mulheres não tem essa informação. E, quando pensamos não ser possível aguentar mais, é porque estamos próximas do período expulsivo", explica Rita. Após 16 horas de trabalho de parto efectivo a sua filha nasceu, com 3,9kg. Numa próxima gravidez nada mudaria no processo, a não ser a alimentação. "Farei dieta, porque teria sido mais fácil se a Iara fosse mais pequena". De resto só consegue descrever a experiência como algo sagrado. "Procurava um caminho que se pode dizer mais animal, intuitivo e próximo da natureza". Alcançou-o. Recorda-se da onda de magia que invadiu a casa da mãe, onde teve a bebé, dos irmãos a sussurrar, emocionados, e dos mimos que lhe ofereceram dias a fio. Não tem qualquer dúvida: tanto o amor que recebeu quanto a dor que ultrapassou com a coragem que até aí desconhecia tornaram-na num ser humano muito mais forte.
A Organização Mundial de Saúde aconselha
- O respeito da escolha da mãe sobre o local do parto, após ter recebido as necessárias informações;
- A oferta à mulher de todas as informações e explicações de que ela necessite ou deseje;
- A liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto;
- O contacto precoce pele a pele entre a mãe e o bebé e o início da amamentação na primeira hora pós-parto.
- O respeito da escolha da mãe sobre o local do parto, após ter recebido as necessárias informações;
- A oferta à mulher de todas as informações e explicações de que ela necessite ou deseje;
- A liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto;
- O contacto precoce pele a pele entre a mãe e o bebé e o início da amamentação na primeira hora pós-parto.
A Organização Mundial de Saúde desaconselha
- O uso rotineiro do clister e a raspagem dos pelos púbicos;
- O uso rotineiro da posição deitada, com ou sem estribos, durante o trabalho de parto ;
- O uso liberal ou rotineiro de episiotomia;
- Os esforços de puxo prolongados e dirigidos durante o período expulsivo (manobra de Vasalva);
- A correcção da dinâmica do trabalho de parto com a utilização de oxitocina.
- O uso rotineiro do clister e a raspagem dos pelos púbicos;
- O uso rotineiro da posição deitada, com ou sem estribos, durante o trabalho de parto ;
- O uso liberal ou rotineiro de episiotomia;
- Os esforços de puxo prolongados e dirigidos durante o período expulsivo (manobra de Vasalva);
- A correcção da dinâmica do trabalho de parto com a utilização de oxitocina.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Posição de frente no pano? Não!
No outro dia perguntaram-me se se podia colocar o bebé virado para a frente e eu disse que não, mas sem me lembrar exactamente quais eram as razões. Pois, fui a um workshop da Zélia Évora, do Clube do Pano em Janeiro de 2005 e já la vão alguns anos...
Enfim, hoje encontrei as razões de não colocar o bebé para frente:
"NUNCA se deve transportar um bebé num pano virado para a frente com as pernas pendidas. Os bebés devem ser transportados virados para a frente se tiverem as pernas colocadas em forma de buda.
Bebés transportados virados para a frente com pernas pendidas podem ter os seguintes problemas:
-Problemas genitais no caso dos meninos, podendo inclusivé causar infertilidade em idade adulta
-Má circulação
-Escoliose GRAVE.
Um bebé não tem força muscular para suportar estar apoiado na bacia nesta posição."
In http://clubedopano.blogspot.com/2009/02/carregar-um-bebe-num-pano-ou-sling-e.html
Enfim, hoje encontrei as razões de não colocar o bebé para frente:
"NUNCA se deve transportar um bebé num pano virado para a frente com as pernas pendidas. Os bebés devem ser transportados virados para a frente se tiverem as pernas colocadas em forma de buda.
Bebés transportados virados para a frente com pernas pendidas podem ter os seguintes problemas:
-Problemas genitais no caso dos meninos, podendo inclusivé causar infertilidade em idade adulta
-Má circulação
-Escoliose GRAVE.
Um bebé não tem força muscular para suportar estar apoiado na bacia nesta posição."
In http://clubedopano.blogspot.com/2009/02/carregar-um-bebe-num-pano-ou-sling-e.html
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Arranca campanha «Pelo Direito ao Parto Normal»
Nos próximos meses, a opinião pública portuguesa vai tomar contacto com uma iniciativa que tem por objectivo incrementar o número de partos normais em Portugal. O projecto «Pelo Direito ao Parto Normal – Uma visão partilhada», foi hoje apresentado por Lúcia Leite, enfermeira de saúde materna e obstétrica e vice-presidente da HumPar, no segundo dia de trabalhos do congresso «Humanização do Nascimento», que amanhã termina no Porto.
Com ela, Lúcia Leite tem a companhia de quatro outros enfermeiros – três de saúde materna e um de saúde mental – que se propõem transformar o modo como o parto normal é entendido e aplicado na realidade portuguesa. A começar por um esforço de conciliação que pretende reunir à mesma mesa representantes governamentais, das várias ordens de profissionais de saúde, com o objectivo de «acordar naquilo que entendemos por parto normal».
«Acredito que, mais do que acordarmos no que é um parto normal, na primeira fase será um sucesso se formos por eliminação», afirma a também vice-presidente da HumPar, que, entre 2004 e 2007 liderou a Comissão de Especialidade em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica da Ordem dos Enfermeiros. Na mira desta eliminação estão procedimentos, técnicos e práticas como a episiotomia generalizada ou as cesarianas sem específica necessidade médica urgente «e muitos outros aspectos para os quais necessitamos da visão de todos os agentes que intervêm na gravidez, parto e pós-parto».
O primeiro passo foi dado no final de 2008. A ministra da Saúde mandatou três especialistas da Direcção-Geral de Saúde para representarem a tutela nas futuras reuniões que sentarão à mesma mesa médicos, enfermeiros, responsáveis técnicos e políticos na procura de «um consenso nacional sobre o que é o parto normal». Todas as instituições desafiadas a participar nomearam já representantes e o ano de 2009 será dedicado a elaborar uma carta do parto natural, a apresentar no universo dos cuidados de saúde, mas também junto da opinião pública. «Em Janeiro de 2010 está previsto que a proposta final seja apresentada» tanto a nível oficial como através de uma campanha de comunicação generalizada, «que coloque a expressão ‘parto normal’ na boca de toda a gente.»
A chancela governamental anima os autores do projecto, os quais acreditam que «o envolvimento do ministério da Saúde dá credibilidade ao processo, facilita a adesão de todos os parceiros e abre caminho a uma futura aplicação no terreno, nomeadamente junto das instituições públicas de Saúde.» Ao «trabalharmos no ‘coração do leão’, a nossa esperança é que na recta final seja o poder público a criar as condições para que os partos normais regressem em força, solicitando às instituições que criem as condições técnicas e operacionais necessárias a que isso aconteça.»
Os próximos meses não se adivinham, porém, fáceis, «pela quantidade de visões que será necessário aproximar». No entanto, Lúcia Leite acredita que o pior virá depois e centra-se na «revolução de mentalidades» que, em primeiro plano, «será necessária junto dos profissionais de saúde» e em segundo plano «junto da população em geral». Nada, acredita, «se consegue atingir se entrarmos numa guerra com quem actua no terreno. Se insistirmos cegamente perdemos todos nós, inclusivamente as mulheres e os bebés, os destinatários finais do parto normal», conclui.
Texto: Elsa Páscoa13 Fevereiro 2009 revista Pais & Filhos
Com ela, Lúcia Leite tem a companhia de quatro outros enfermeiros – três de saúde materna e um de saúde mental – que se propõem transformar o modo como o parto normal é entendido e aplicado na realidade portuguesa. A começar por um esforço de conciliação que pretende reunir à mesma mesa representantes governamentais, das várias ordens de profissionais de saúde, com o objectivo de «acordar naquilo que entendemos por parto normal».
«Acredito que, mais do que acordarmos no que é um parto normal, na primeira fase será um sucesso se formos por eliminação», afirma a também vice-presidente da HumPar, que, entre 2004 e 2007 liderou a Comissão de Especialidade em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica da Ordem dos Enfermeiros. Na mira desta eliminação estão procedimentos, técnicos e práticas como a episiotomia generalizada ou as cesarianas sem específica necessidade médica urgente «e muitos outros aspectos para os quais necessitamos da visão de todos os agentes que intervêm na gravidez, parto e pós-parto».
O primeiro passo foi dado no final de 2008. A ministra da Saúde mandatou três especialistas da Direcção-Geral de Saúde para representarem a tutela nas futuras reuniões que sentarão à mesma mesa médicos, enfermeiros, responsáveis técnicos e políticos na procura de «um consenso nacional sobre o que é o parto normal». Todas as instituições desafiadas a participar nomearam já representantes e o ano de 2009 será dedicado a elaborar uma carta do parto natural, a apresentar no universo dos cuidados de saúde, mas também junto da opinião pública. «Em Janeiro de 2010 está previsto que a proposta final seja apresentada» tanto a nível oficial como através de uma campanha de comunicação generalizada, «que coloque a expressão ‘parto normal’ na boca de toda a gente.»
A chancela governamental anima os autores do projecto, os quais acreditam que «o envolvimento do ministério da Saúde dá credibilidade ao processo, facilita a adesão de todos os parceiros e abre caminho a uma futura aplicação no terreno, nomeadamente junto das instituições públicas de Saúde.» Ao «trabalharmos no ‘coração do leão’, a nossa esperança é que na recta final seja o poder público a criar as condições para que os partos normais regressem em força, solicitando às instituições que criem as condições técnicas e operacionais necessárias a que isso aconteça.»
Os próximos meses não se adivinham, porém, fáceis, «pela quantidade de visões que será necessário aproximar». No entanto, Lúcia Leite acredita que o pior virá depois e centra-se na «revolução de mentalidades» que, em primeiro plano, «será necessária junto dos profissionais de saúde» e em segundo plano «junto da população em geral». Nada, acredita, «se consegue atingir se entrarmos numa guerra com quem actua no terreno. Se insistirmos cegamente perdemos todos nós, inclusivamente as mulheres e os bebés, os destinatários finais do parto normal», conclui.
Texto: Elsa Páscoa13 Fevereiro 2009 revista Pais & Filhos
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Orgasmic birth
Orgasmic Birth
No dia 30 de Janeiro, dia da Não-violência e da Paz, vai ser apresentado o filme ORGASMIC BIRTH em Aveiro, Coimbra, Porto e Lisboa.
O filme é um documentário que foca nesta maravilha íntima da natureza (o parto) e no seu papel poderoso que tem na vida das mulheres quando lhes é permitido viver a experiência na sua plenitude.
Este documentário convida o espectador a questionar tudo que pensa sobre o acto de dar a luz. O filme apresenta partos naturais em que o poder é restituído à mulher, e em que as únicas drogas presentes são as hormonas naturais.
"Parto Orgástico é um tesouro. Permite me plantar sementes do parto humanizado na mente das participantes das minhas aulas de preparação para o parto. O filme ajuda-as a encontrar o poder de optar pelo parto normal e não intervencionado. Traz me a esperança de familias ligadas e cheias de amor para as próximas gerações. Eu agradeço a todos os pais que aceitaram com tanta generosidade deixar filmar os seus partos, e a ideia de trazer a noção de parto orgástico na nossa cultura. Eu estou muita animada acerca das mudanças que este filme provocará na vida das pessoas, nos seus partos, e na sociedade em geral" (Barbara, educadora perinatal, USA).
Fica o convite para entrar nesta viagem pela intimidade de vários nascimentos e por diferentes modelos de cuidado perinatal, que seguramente o levará a reexaminar a forma como se vive o parto em Portugal.
As sessões de filmes serão seguidas de um debate animado por membros da HumPar, médicos, parteiras, enfermeiras e doulas.
Lisboa
30 de Janeiro às 21h00
Auditório da biblioteca Victor de Sá
Universidade Lusófona, Campo Grande
Porto
30 de Janeiro às 21h00
Escola de enfermagem do Porto, pólo Saõ-Jõao~
Aveiro
30 de Janeiro às 21h00
Mercado Negro
Coimbra
1 de Fevereiro às 17h30 Café com Arte
Também podem encontrar mais informação no site oficialhttp://www.orgasmicbirth.com/o trailer:http://www.youtube.com/watch?v=zG_6IVmXvr0&eurl=http://gravidasemforma.blogspot.com/&feature=player_embedded
No dia 30 de Janeiro, dia da Não-violência e da Paz, vai ser apresentado o filme ORGASMIC BIRTH em Aveiro, Coimbra, Porto e Lisboa.
O filme é um documentário que foca nesta maravilha íntima da natureza (o parto) e no seu papel poderoso que tem na vida das mulheres quando lhes é permitido viver a experiência na sua plenitude.
Este documentário convida o espectador a questionar tudo que pensa sobre o acto de dar a luz. O filme apresenta partos naturais em que o poder é restituído à mulher, e em que as únicas drogas presentes são as hormonas naturais.
"Parto Orgástico é um tesouro. Permite me plantar sementes do parto humanizado na mente das participantes das minhas aulas de preparação para o parto. O filme ajuda-as a encontrar o poder de optar pelo parto normal e não intervencionado. Traz me a esperança de familias ligadas e cheias de amor para as próximas gerações. Eu agradeço a todos os pais que aceitaram com tanta generosidade deixar filmar os seus partos, e a ideia de trazer a noção de parto orgástico na nossa cultura. Eu estou muita animada acerca das mudanças que este filme provocará na vida das pessoas, nos seus partos, e na sociedade em geral" (Barbara, educadora perinatal, USA).
Fica o convite para entrar nesta viagem pela intimidade de vários nascimentos e por diferentes modelos de cuidado perinatal, que seguramente o levará a reexaminar a forma como se vive o parto em Portugal.
As sessões de filmes serão seguidas de um debate animado por membros da HumPar, médicos, parteiras, enfermeiras e doulas.
Lisboa
30 de Janeiro às 21h00
Auditório da biblioteca Victor de Sá
Universidade Lusófona, Campo Grande
Porto
30 de Janeiro às 21h00
Escola de enfermagem do Porto, pólo Saõ-Jõao~
Aveiro
30 de Janeiro às 21h00
Mercado Negro
Coimbra
1 de Fevereiro às 17h30 Café com Arte
Também podem encontrar mais informação no site oficialhttp://www.orgasmicbirth.com/o trailer:http://www.youtube.com/watch?v=zG_6IVmXvr0&eurl=http://gravidasemforma.blogspot.com/&feature=player_embedded
Aprender a respirar durante o parto?
" E a respiração? Não vamos aprender a respirar? "
A respiração durante o parto.
Ainda há muitas mulheres que acreditam na necessidade de aprender a respirar para o trabalho de parto e parto (como se não o soubessem fazer naturalmente). O Lamaze Institute, que divulgou amplamente esta técnica durante vários anos(que conhecemos em Portugal por método psicoprofiláctico), vive actualmente uma época de pouca aceitação a nível internacional, exactamente pela imagem de uma preparação para o parto focalizada na respiração.
No entanto, no seu último guia The Official Lamaze Guide, fala-se mesmo de repensar a respiração e relaxamento. Neste guia, a mulher é convidada a encontrar a sua própria respiração consciente, e a procurar outras formas de se manter activa para lidar com as contracções: andar, dançar, massagens, bolas de parto, baloiçar, etc.
Resumindo, respirar já não é o ensino ou a prática, do Lamaze Institute.No entanto, em Portugal, o método Lamaze utilizado nas preparações para o parto continua a ser focalizado na respiração.
O que diz M. Odent - "Assim, Lamaze, obstetra francês, pai da psicoprofilaxia ocidental, dizia e escrevia que uma mulher deve aprender a dar à luz tal como aprende a andar, a ler ou a nadar. Estas indicações despistaram o mundo inteiro, e com o tempo, resultaram numa crise. (…)
Foi assim que gerações de mulheres gestantes foram preparadas para o parto. A interpretação do processo de parto como um processo involuntário que põe em marcha as estruturas ancestrais, primitivas, mamalianas do cérebro, pressupõe desfazer a ideia aceite de que uma mulher pode aprender a parir.Esta interpretação permite, inclusive, compreender que não se pode ajudar activamente uma mulher a parir.
Não se pode ajudar num processo involuntário. Somente se pode evitar perturbá-lo demasiado.
"In Michel Odent El bebé es un mamífero 1990.
Infelizmente, nos Hospitais/Maternidades ainda ouvimos: "Encha o peito de ar, feche a boca e agora faça FORÇA!"Frase conhecida pela maioria das mulheres que já passou pela preparação para o parto pelo método psicoprofiláctico (ou por um parto vaginal ). Este tipo de respiração tem tecnicamente o nome de Manobra de Valsalva.
O que dizem as evidencias cientificas da utilização desta manobra no parto?
Recomendações da OMS:
"4.4 O procedimento de fazer força na segunda fase do trabalho de partoA prática de estimular o fazer força de forma prolongada e dirigida (manobra de Valsalva) durante a segunda fase do trabalho de parto é amplamente utilizada em muitas maternidade. A alternativa é apoiar o padrão espontâneo da mulher de fazer força.
Vários estudos compararam estas duas práticas (Barnett e Humenick 1982, Knauth e Haloburdo 1986, Parnell e al 1993, Thomson 1993).
A força involuntária resultou em três a cinco "forças" relativamente curtas (4-6 segundos) a cada contracção, comparando com forças continuas com 10-13 segundos de duração, acompanhadas por apneia forçada.
O segundo método resulta numa segunda fase um pouco mais curta, mas pode causar alterações de frequência e de volume de fluxo cardíaco provocadas pela respiração. Se a mulher estiver deitada de costas, pode haver também compressão da aorta e redução do fluxo sanguíneo ao útero.
Nos estudos publicados, o pH médio na artéria umbilical foi menor nos grupos com força prolongada, e havia uma tendência para depressão dos valores de Apgar. As evidências existentes são poucas, mas delas emerge um padrão onde o fazer força de forma prolongada e precoce resulta numa diminuição modesta da duração da segunda fase, mas isto não parece trazer nenhum benefício; parece haver comprometimento das trocas gasosas materno-fetal. A força espontânea curta parece ser melhor (Sleep et al 1989).
Em muitos países, é comum a prática de fazer pressão no fundo do útero durante o segundo estágio do trabalho de parto, com a intenção de acelerar o nascimento. Ás vezes isto é feito pouco antes do desprendimento, outras desde o início do período expulsivo.
Além do aspecto do maior desconforto materno, suspeita-se que esta prática possa ser perigosa para o útero, períneo e feto, mas não existem dados de pesquisa sobre este assunto. A impressão é que, no mínimo é usado com muita frequência, sem que existam evidências da sua utilidade".
(Care in normal birth: A practical guide. 1996, WHO)Estudo apresentado Em Janeiro de 2006 o Gray Journal (Jornal Americano de Obstetricia e Ginecologia)
"a diferença tem pouco impacto em todo o tempo do parto, cujos especialistas dizem que pode ir além das 14 horas em média, quando ás mulheres foi dito para fazer força em cada contracção, deram à luz 13 minutos mais rápido que aquelas que não receberam qualquer tipo de instrução".( Coaching women during childbirth has little impact, Dec 30, Reuters)
A manobra de Valsalva foi ainda identificada como um dos factores de risco de trauma genital em partos vaginais espontâneos e normais, em mulheres primíparas assistidas por enfermeiras-parteiras, num estudo publicado no The Birth Journal em Junho de 2006. (Leah L. Albers CNM, DrPH, Kay D. Sedler CNM, MN, Edward J. Bedrick PhD, Dusty Teaf MA, Patricia Peralta (2006) Factors Related to Genital Tract Trauma in Normal Spontaneous Vaginal Births Birth 33 (2), 94–100.)Se experimentar encher o peito de ar, fechar a boca e fazer força, independentemente da posição em que estiver, consegue perceber que o efeito gerado é o contrário ao que o corpo necessita (o períneo é contraído em lugar de descontrair).
Então porque é que ainda se ensina a respirar para o parto, então porque é que as nossas maternidades ainda usam a manobra de Valsalva?Ao escutar-se os sons e gemidos emitidos pelas mulheres livres durante a fase de expulsão do bebé, facilmente os confundimos com os sons de satisfação de uma relação sexual amorosa.
Quantas mulheres aceitariam ter aulas de preparação sexual em que lhe fosse ensinado como respirar e agir no momento de um orgasmo? Nós, mulheres, temos de recuperar a confiança na nossa capacidade inata de parir, escutando os nossos instintos, em vez de esperar por ordens externas.Aos profissionais compete actualizarem-se com base em evidências científicas e deixar o parto fluir naturalmente no seu processo fisiológico.
O período expulsivo fisiologicamente funciona e não necessita de ser dirigido por técnicas respiratórias.
fonte: http://gravidasemforma.blogspot.com/2008/04/e-respirao-no-vamos-aprender-respirar.html
A respiração durante o parto.
Ainda há muitas mulheres que acreditam na necessidade de aprender a respirar para o trabalho de parto e parto (como se não o soubessem fazer naturalmente). O Lamaze Institute, que divulgou amplamente esta técnica durante vários anos(que conhecemos em Portugal por método psicoprofiláctico), vive actualmente uma época de pouca aceitação a nível internacional, exactamente pela imagem de uma preparação para o parto focalizada na respiração.
No entanto, no seu último guia The Official Lamaze Guide, fala-se mesmo de repensar a respiração e relaxamento. Neste guia, a mulher é convidada a encontrar a sua própria respiração consciente, e a procurar outras formas de se manter activa para lidar com as contracções: andar, dançar, massagens, bolas de parto, baloiçar, etc.
Resumindo, respirar já não é o ensino ou a prática, do Lamaze Institute.No entanto, em Portugal, o método Lamaze utilizado nas preparações para o parto continua a ser focalizado na respiração.
O que diz M. Odent - "Assim, Lamaze, obstetra francês, pai da psicoprofilaxia ocidental, dizia e escrevia que uma mulher deve aprender a dar à luz tal como aprende a andar, a ler ou a nadar. Estas indicações despistaram o mundo inteiro, e com o tempo, resultaram numa crise. (…)
Foi assim que gerações de mulheres gestantes foram preparadas para o parto. A interpretação do processo de parto como um processo involuntário que põe em marcha as estruturas ancestrais, primitivas, mamalianas do cérebro, pressupõe desfazer a ideia aceite de que uma mulher pode aprender a parir.Esta interpretação permite, inclusive, compreender que não se pode ajudar activamente uma mulher a parir.
Não se pode ajudar num processo involuntário. Somente se pode evitar perturbá-lo demasiado.
"In Michel Odent El bebé es un mamífero 1990.
Infelizmente, nos Hospitais/Maternidades ainda ouvimos: "Encha o peito de ar, feche a boca e agora faça FORÇA!"Frase conhecida pela maioria das mulheres que já passou pela preparação para o parto pelo método psicoprofiláctico (ou por um parto vaginal ). Este tipo de respiração tem tecnicamente o nome de Manobra de Valsalva.
O que dizem as evidencias cientificas da utilização desta manobra no parto?
Recomendações da OMS:
"4.4 O procedimento de fazer força na segunda fase do trabalho de partoA prática de estimular o fazer força de forma prolongada e dirigida (manobra de Valsalva) durante a segunda fase do trabalho de parto é amplamente utilizada em muitas maternidade. A alternativa é apoiar o padrão espontâneo da mulher de fazer força.
Vários estudos compararam estas duas práticas (Barnett e Humenick 1982, Knauth e Haloburdo 1986, Parnell e al 1993, Thomson 1993).
A força involuntária resultou em três a cinco "forças" relativamente curtas (4-6 segundos) a cada contracção, comparando com forças continuas com 10-13 segundos de duração, acompanhadas por apneia forçada.
O segundo método resulta numa segunda fase um pouco mais curta, mas pode causar alterações de frequência e de volume de fluxo cardíaco provocadas pela respiração. Se a mulher estiver deitada de costas, pode haver também compressão da aorta e redução do fluxo sanguíneo ao útero.
Nos estudos publicados, o pH médio na artéria umbilical foi menor nos grupos com força prolongada, e havia uma tendência para depressão dos valores de Apgar. As evidências existentes são poucas, mas delas emerge um padrão onde o fazer força de forma prolongada e precoce resulta numa diminuição modesta da duração da segunda fase, mas isto não parece trazer nenhum benefício; parece haver comprometimento das trocas gasosas materno-fetal. A força espontânea curta parece ser melhor (Sleep et al 1989).
Em muitos países, é comum a prática de fazer pressão no fundo do útero durante o segundo estágio do trabalho de parto, com a intenção de acelerar o nascimento. Ás vezes isto é feito pouco antes do desprendimento, outras desde o início do período expulsivo.
Além do aspecto do maior desconforto materno, suspeita-se que esta prática possa ser perigosa para o útero, períneo e feto, mas não existem dados de pesquisa sobre este assunto. A impressão é que, no mínimo é usado com muita frequência, sem que existam evidências da sua utilidade".
(Care in normal birth: A practical guide. 1996, WHO)Estudo apresentado Em Janeiro de 2006 o Gray Journal (Jornal Americano de Obstetricia e Ginecologia)
"a diferença tem pouco impacto em todo o tempo do parto, cujos especialistas dizem que pode ir além das 14 horas em média, quando ás mulheres foi dito para fazer força em cada contracção, deram à luz 13 minutos mais rápido que aquelas que não receberam qualquer tipo de instrução".( Coaching women during childbirth has little impact, Dec 30, Reuters)
A manobra de Valsalva foi ainda identificada como um dos factores de risco de trauma genital em partos vaginais espontâneos e normais, em mulheres primíparas assistidas por enfermeiras-parteiras, num estudo publicado no The Birth Journal em Junho de 2006. (Leah L. Albers CNM, DrPH, Kay D. Sedler CNM, MN, Edward J. Bedrick PhD, Dusty Teaf MA, Patricia Peralta (2006) Factors Related to Genital Tract Trauma in Normal Spontaneous Vaginal Births Birth 33 (2), 94–100.)Se experimentar encher o peito de ar, fechar a boca e fazer força, independentemente da posição em que estiver, consegue perceber que o efeito gerado é o contrário ao que o corpo necessita (o períneo é contraído em lugar de descontrair).
Então porque é que ainda se ensina a respirar para o parto, então porque é que as nossas maternidades ainda usam a manobra de Valsalva?Ao escutar-se os sons e gemidos emitidos pelas mulheres livres durante a fase de expulsão do bebé, facilmente os confundimos com os sons de satisfação de uma relação sexual amorosa.
Quantas mulheres aceitariam ter aulas de preparação sexual em que lhe fosse ensinado como respirar e agir no momento de um orgasmo? Nós, mulheres, temos de recuperar a confiança na nossa capacidade inata de parir, escutando os nossos instintos, em vez de esperar por ordens externas.Aos profissionais compete actualizarem-se com base em evidências científicas e deixar o parto fluir naturalmente no seu processo fisiológico.
O período expulsivo fisiologicamente funciona e não necessita de ser dirigido por técnicas respiratórias.
fonte: http://gravidasemforma.blogspot.com/2008/04/e-respirao-no-vamos-aprender-respirar.html
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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Parto a fingir com mãe robô para treinar enfermeiros
Lisboa, 05 Dez (Lusa) - "Nasomi", que significa Esperança em japonês, nasceu hoje com três quilos e sem chorar, já que, tal como a mãe, é um boneco com o qual os futuros enfermeiros especialistas em obstetrícia vão aprender as artes do parto.
A "bebé" nasceu pelas mãos dos experientes enfermeiros Nuno Lopes e Maria João Silva que fazem partos "a sério" no Hospital de Santa Maria, mas que hoje simularam um nascimento através de "Noelle", a boneca robô com a qual os estudantes da Escola Superior de Enfermagem vão praticar os partos.
A Noelle é feita de silicone e é uma mãe-robô de tamanho humano, grávida de um bebé robô. Ambos estão equipados com tecnologia que permite a programação de diversas situações obstétricas.
Hoje, a propósito da inauguração do Laboratório de Práticas de Saúde Materna da ESEL, que teve uma audiência concorrida, a intervenção correu sem complicações.
A demonstração começou com a grávida já no período expulsivo. Depois, seguindo as orientações do enfermeiro para a força e a respiração na altura certa, o bebé "nasceu".
Coube à enfermeira entregar a criança à mãe, não esquecendo os parabéns e os elogios: "Tem um bebé muito lindo", disse.
Esta sala, equipada ainda com uma cadeira de partos e uma piscina com outra boneca, de forma a simular o parto não medicalizado, deverá ser visitada por cerca de 300 estudantes.
De acordo com Luísa Sotto-Mayor, professora de enfermagem na ESEL e enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, o investimento neste equipamento - no valor de 30 mil euros - tem o objectivo de preparar "os futuros enfermeiros e enfermeiros obstetras para dar assistência a situações de partos de risco, mas também para ser autónomos em situações de parto de baixo risco, nomeadamente partos normais".
A partir do próximo ano, todos os alunos do terceiro ano do curso de enfermagem dos vários pólos que constituem a ESEL terão acesso ao treino no Laboratório de Práticas de Saúde Materna, bem como os enfermeiros que frequentam o curso de pós-licenciatura de especialização em obstetrícia. Este ano são 77 os futuros enfermeiros obstetras que beneficiam do treino neste laboratório.
Outros profissionais irão beneficiar desta estrutura, como os bombeiros que muitas vezes assistem as mulheres em trabalho de parto, e que poderão ter neste espaço cursos de preparação para o nascimento, segundo disse Filomena Gaspar, presidente do conselho directivo da ESEL.
Para Etelvina Tojal, directora do Departamento de Saúde Materna da ESEL, este tipo de formação permite que os enfermeiros, "quando vão para o exercício, levem já algum treino que é fundamental".
"O mais difícil para um estudante é perceber exactamente qual é a evolução que se está a dar durante o trabalho de parto e perceber se há algum desvio da normalidade. Este modelo permite-nos criar situações em que há alguns aspectos fora do normal e que leva o estudante a ter essa experiência", disse.
A "bebé" nasceu pelas mãos dos experientes enfermeiros Nuno Lopes e Maria João Silva que fazem partos "a sério" no Hospital de Santa Maria, mas que hoje simularam um nascimento através de "Noelle", a boneca robô com a qual os estudantes da Escola Superior de Enfermagem vão praticar os partos.
A Noelle é feita de silicone e é uma mãe-robô de tamanho humano, grávida de um bebé robô. Ambos estão equipados com tecnologia que permite a programação de diversas situações obstétricas.
Hoje, a propósito da inauguração do Laboratório de Práticas de Saúde Materna da ESEL, que teve uma audiência concorrida, a intervenção correu sem complicações.
A demonstração começou com a grávida já no período expulsivo. Depois, seguindo as orientações do enfermeiro para a força e a respiração na altura certa, o bebé "nasceu".
Coube à enfermeira entregar a criança à mãe, não esquecendo os parabéns e os elogios: "Tem um bebé muito lindo", disse.
Esta sala, equipada ainda com uma cadeira de partos e uma piscina com outra boneca, de forma a simular o parto não medicalizado, deverá ser visitada por cerca de 300 estudantes.
De acordo com Luísa Sotto-Mayor, professora de enfermagem na ESEL e enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, o investimento neste equipamento - no valor de 30 mil euros - tem o objectivo de preparar "os futuros enfermeiros e enfermeiros obstetras para dar assistência a situações de partos de risco, mas também para ser autónomos em situações de parto de baixo risco, nomeadamente partos normais".
A partir do próximo ano, todos os alunos do terceiro ano do curso de enfermagem dos vários pólos que constituem a ESEL terão acesso ao treino no Laboratório de Práticas de Saúde Materna, bem como os enfermeiros que frequentam o curso de pós-licenciatura de especialização em obstetrícia. Este ano são 77 os futuros enfermeiros obstetras que beneficiam do treino neste laboratório.
Outros profissionais irão beneficiar desta estrutura, como os bombeiros que muitas vezes assistem as mulheres em trabalho de parto, e que poderão ter neste espaço cursos de preparação para o nascimento, segundo disse Filomena Gaspar, presidente do conselho directivo da ESEL.
Para Etelvina Tojal, directora do Departamento de Saúde Materna da ESEL, este tipo de formação permite que os enfermeiros, "quando vão para o exercício, levem já algum treino que é fundamental".
"O mais difícil para um estudante é perceber exactamente qual é a evolução que se está a dar durante o trabalho de parto e perceber se há algum desvio da normalidade. Este modelo permite-nos criar situações em que há alguns aspectos fora do normal e que leva o estudante a ter essa experiência", disse.
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Carros de bebés, cadeiras autos a 50% no Continente
O Continente vai ter carrinhos de bebés e cadeiras autos a 50% de dia 3 a 11 de Janeiro.
Cadeira auto GR2/3 - 44,50€ a 50% dá 22,45€
Cadeira de rua Babidéal - 119€ a 50% dá 59,50€
Conjunto trio Safety 1st - 329€ a 50% dá 164,50€
Conjunto de rua - 259€ a 50% dá 129,50€
Ainda não está no site mas recebi o panfleto esta semana.
Boas compras e um bom ano 2009 cheio de saúde e amor.
Cadeira auto GR2/3 - 44,50€ a 50% dá 22,45€
Cadeira de rua Babidéal - 119€ a 50% dá 59,50€
Conjunto trio Safety 1st - 329€ a 50% dá 164,50€
Conjunto de rua - 259€ a 50% dá 129,50€
Ainda não está no site mas recebi o panfleto esta semana.
Boas compras e um bom ano 2009 cheio de saúde e amor.
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